Feijoão 2010 (por mim mesmo)

A ida ao Feijoão na fazenda Timbozinho em Esplanada era ansiada há alguns dias. Estávamos naquele impasse em ir à festa da noite anterior, no centro de Esplanada, onde Aviões do Forró (banda que não simpatizo muito) e também participar do famoso Feijoão, ou simplesmente escolhermos uma das duas atrações. Ajudei a optar pela feijoada dançante porque prefiro a banda Calcinha Preta a Aviões, pelo menos preferia, porque este evento serviu para confirmar aquele ditado que diz: “É preciso experimentar para não mais provar”.

Pois bem, ao chegar à Fazenda minha primeira vontade já era a de retornar, não fosse as maravilhosas companhias de minha esposa Bete, das amigas Alessandra e Graça, além do Clériston (nosso guia). Confesso que os amigos fazem qualquer festa simples parecer formidável. Nossa ida até o evento (60 km de Rio Real) foi divertida, dentro do carro a melodia singular de Bonde do Forró e nossa animação, é claro. Neta tarde arrisquei-me até a degustar um saboroso licor de graviola a mim presenteado pela minha amiga Manuela do Raio X.

A fazenda era realmente uma fazenda, pensei encontrar uma estrutura adequada ao evento, mas a decepção foi enorme. Não bastasse o fato de cobrarem por um estacionamento ermo dentro da própria fazenda, pois onde iríamos estacionar se estávamos a quase 20 Km da cidade, senão no próprio local? Tudo bem, até porque cinco reais não quebra ninguém.

Por sorte não, mas por aviso, somente chegamos após termos almoçado em Rio Real. Mesmo porque o feijão era à parte e não me parecia muito interessante. Mas volto a reafirmar que nossa festa foi estarmos bem acompanhados, mais tarde chegaram Manuzinha, Jéssica, Mateus, Isabela, Fernando, Emerson e CIA LTDA. Lá encontramos outros amigos como Lane, Jailda, Luiza, Gel e até uma paciente do CAPS Santinha (certa ela em se divertir). Rsrs.

Uma banda local iniciou assim que entramos no evento, o som do Trio Elétrico (improvisado como palco) estava ruim. Eu me lembrei de um amigo especialista em som, ele me ensinou que isso é proposital para favorecer a banda principal. Esperei pra ver e ele estava totalmente certo. Quando a Calcinha Preta começou, parecia outro som. Merecido, afinal esta banda é Sergipana, tenho que ser bairrista nesta hora.

Procurei lugar pra dançar e cadê. Nada. Usar um pasto como pista de dança é no mínimo mesquinharia. Se este evento já acontece há vários anos, por que não montar uma estrutura condizente com a festa? Dançar forró sem um piso adequado, além de feio, faz-nos gastar mais calorias (se bem que estou precisando, mas prefiro a beleza da dança). O repertório da banda principal também me decepcionou, mais uma vez confirmei que o show da banda Calcinha Preta não é para dançar, mas para assistir aos dançarinos fazerem do forró uma alegoria. Pausas entre uma música e outra quebram qualquer clima.

Ouvi alguns comentários negativos sobre a festa dos participantes próximos, porém uma coisa temos de considerar, havia menos de 500 pessoas na festa, o ambiente estava selecionado, muita gente bonita (nem parecia Esplanada, porque o dia a dia da cidade é realmente outro). Por outro lado não eram pessoas muito animadas como as que vejo em minha cidade Rio Real.

Quando a banda encerrou sua apresentação, após 80 minutos de música, prontamente decidi voltar para casa, mesmo ouvindo o início da Boate Itinerante que, apesar de estar tocando a música Stero Love (que adoro), possuía um som muito ruim. Uma boate tem que ter um som limpo com groove e bass bem definidos, sem distorção.

Voltamos pra casa à noite, outro som agradável no carro, alguns cochilos (confio muito em nosso motorista) e finalmente o alívio, estávamos em Rio Real. Agora era só descansar, recarregar as energias e ir par ao Forró Real onde eu tinha a certeza de que seria bem melhor. Mas esta já é outra história...

Se vou novamente ao Feijoão no ano que vem?

Não sei. Como eu já disse, os amigos é que fazem a festa ser ótima.

Viva São João, mas vou soltar meu balão por aqui mesmo, em Rio Real – BA.