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sábado, 17 de julho de 2010

"Pediatra sim, diretor não" (by myself)


Acabei de encerrar minha participação no VI Congresso Baiano de Pediatria e, diferentemente das outras histórias que conto neste blog, hoje não vou tecer detalhes narrativos sobre o evento, apenas quero expressar meus sentimentos mais intrínsecos após uma longa reflexão de 4 dias no hotel Pestana, na cidade de Salvador.
Muitas emoções se misturaram ao valor da razão nestes dias. É como se a prória razão necessitasse de um apelo emocional pra se manifestar. E foi exatamente isso o que aconteceu. Miha inteligência emocional vive me surpreendendo, o fato de eu ser essa metamorfose ambulante me faz passar por provações diárias, das quais me saio muito bem. Durante estes 4 dias, pude dizer pra mim mesmo o quanto meu papel de pediatra está bem desempenhado. Enquanto assistia a outros colegas explicitarem suas mágoas e frustrações com a profissão e o exercício dela no SUS, pude voltar-me pra mim mesmo e deizer-me -cara, você é feliz!
Sim, eu sou feliz. Sou por fazer e exercer minha profissão com tanto amor e afinco ao ponto de me identificar plenamente com os enfantes, ao ponto de amar tanto meus pacientes que me torno parte integrante de suas famílias. Feliz porque atuo num serviço público de saúde que é a minha cara, um serviço que ainda está engatinhando, mas entendo que a partir de agora dará longos passos. Feliz porque se eu precisasse renascer, faria tudo exatamente da mesma forma de novo, com um pequeno detalhe: teria vindo mais cedo pra Bahia.
Sim, a Bahia que me deixou muitíssimo orgulhoso depois deste encontro porque aqui identifiquei celebridades simples na minha profissão que amam tanto ou mais do que eu aquilo que fazem. Bahia que tem grandes pediatras, grandes médicos mestres, referências pra qualquer doutorando. Confesso que conjecturei possibilidades de acompanhar outros serviços, por que por eles eu me apaixonei.
Não posso me dividir assim, já estou dividido e agora, mais do que nunca, por pouco tempo. Porque resgatarei minha outra parte, trarei de volta minha metade que está se perdendo em função ingrata e desacreditada para fundir ambas em uma só ferramenta.
Não bastasse o sentimento de profissionalidade, ainda fui acometido por outros sentimentos nem menos, nem mais nobres que este. Pude sentir em mim o amor crescente que tenho cada vez mais pela minha profissão. E assim decidir que: Não quero ser diretor, quero ser pediatra!
Valeu minha Bahia, Obrigado Salvador, eu precisava vir realmente a este encontro.
Agora vamos trabalhar.

Um comentário:

  1. Esse é o pediatra que toda cidade deveria ter, um profissional que ama o que faz, vc é um exemplo a se seguir em qualquer profissão.
    Ray

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