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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Tão humano como estar em crise…

Vamos falar de mais uma crise no namoro? Sim, vamos discutir a relação.
Quem namora está exposto e também disposto a entrar em uma crise. Do mesmo modo como uma pessoa que não namora ou que nem pensa em namorar. Estar em crise faz parte do ser humano e tentar dar conta disso é uma tarefa que nos ajuda a amadurecer. Uma crise pode ser um momento importante para você decidir aquilo que quer e aquilo que não deseja mais. Se a gente pode melhorar depois de entrar numa crise, então insisto na ideia de que crise não é sinônimo de uma coisa ruim.Vamos pensar de outra forma?
Namorar é ajustar os ponteiros. Mas esse ajuste não significa que ambos vão fazê-lo ao mesmo tempo, pois cada um tem o seu próprio modo de despertar. Estar em um relacionamento não significa que ambos sintam ao mesmo tempo, tenham as mesmas necessidades, desejem na mesma intensidade ou façam planos para uma vida inteira – os mesmos planos. Construir uma casa juntos, comprar um sonho juntos ou mesmo abraçar o mesmo caminho não significa segurança ou garantia de estabilidade. Pelo contrário. Em um namoro, cada um acaba tendo o seu momento, acaba precisando de mais atenção em um dado período, mas é só com o tempo que a gente vai entendendo a necessidade do outro, deixando de falar mais daquilo que queremos e prestando atenção ao que a nossa relação pede.
Mas uma coisa é fato: a sua relação é para te fazer feliz, em primeiro lugar. Se você puder fazer o outro feliz também, bingo. Se algo nisso se perder, é bom parar, fazer uma reflexão (junto ou separado) e ver se a relação faz sentido na sua vida. Isso não significa dizer se o seu namoro te trouxe alegrias. Tudo o que a gente vive fica na nossa história, toda pessoa que amamos acaba nos ajudando a nos desenvolver, a repensar, a aprender. O balanço que você pode fazer é se tudo isso é aquilo que você realmente quer para o seu presente. As crises podem ser indícios de que não apenas podemos mudar nossa relação, como também o parceiro e a nossa própria condição diante da vida e da nossa afetividade.

(Fabio Scorsolini)

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