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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Aconteceu no dia 09 de agosto



Confesso a todos que há algum tempo não frequentava a igreja católica, até o último domingo (08 de agosto), onde senti uma vontade enorme de ir à missa. Combinei com Prissilla e fomos. Confesso que me renovei. Senti-me muito tranquilo em meio aos irmãos católicos. E foi uma festa, muitos me cumprimentaram, até parecia que o padre era eu. (rsrs)
Apesar de não ter a figura de um pai há algum tempo, fiquei emocionado com a celebração voltada aos pais de nossa amada cidade. Também fiquei orgulhoso porque conheço verdadeiros superpais em nossa Rio Real, e alguns deles estavam lá.
Depois desse reencontro com Deus, fomos comemorar o dia dos pais com Neném, Joseane e, é claro, com Prissillinha. Acreditem, foi fantástico. Agente se dá muito bem e nosso bate-papo é sempre frutuoso.
Na segunda-feira (09 de agosto), viajei tranquilo a Cardeal da Silva, cidade onde realizo um ambulatório mensal de saúde mental e, posso confessar, divirto-me muito. Os pacientes de lá são amáveis, tranquilos, de baixa morbidade.
Neste bendito dia, tiramos uma breve pausa após o almoço a fim de esperar o horário de retomar o atendimento no turno da tarde.
Quando estava sentado em frente à televisão, na recepção do posto de saúde, eis que se sentou ao meu lado um senhor de seus quase 80 anos de idade, negro e que muito me lembrava meu bisavô materno, o qual perdi há 14 anos.
De repente esse senhor, educado e de feições cansadas virou-se e me disse:
- O senhor vai começar a atender que horas
Assustei-me porque sabia que ela não era meu paciente e que estava esperando o ambulatório da colega clínica por chegar às 14 horas. Perguntei-lhe:
- O senhor está esperando para ser atendido pelo psiquiatra?
- Não, mas quero ser atendido pelo senhor.
Estranho, mas voltei a confabular com aquele bom homem.
- O que está acontecendo?
Ele relaxou as feições da face e me respondeu:
- Veja bem Doutor...
Acho que alguém lhe disse que eu era médico porque, além de não usar branco, não possuía nada que me identificasse na profissão.
- Eu tenho um problema de diabetes e esse meu pé está me assustando, dói muito, meu dedo está ferido, já perdi a unha, estou preocupado. Meu diabetes nunca baixa, disseram-me que precisarei tomar insulina e que preciso ir ver um médico de diabetes. Eu não tenho condição de viajar e pagar particular, já fui umas duas vezes e nem ele resolveu.
Creiam que ouvi aquela história um pouco triste, porque entendo a necessidade de, quanto clínico geral, ver o paciente como um todo e não saber prescrever uma insulina era estranho, negligente.
- Vamos combinar assim, meu amigo. Quando a recepção lhe chamar pra dar sua ficha diga a ela que vai ser atendido pelo psiquiatra, certo?
Ele sorriu e me agradeceu.
Quando começamos o atendimento da tarde, claro que aquele bom homem foi o primeiro a entrar.  Ao me entregar o seu prontuário eis a surpresa, Seu nome, Jesus Lucas.
Percebam a sequência de coincidências: Na noite anterior havia me reencontrado com Deus, e na segunda feira fui escolhido por um paciente, em meio à multidão, para ajuda-lo e seu nome era Jesus.
Isso é sem dúvida mais um sinal do tamanho da minha responsabilidade neste mundo de humanos.
Obrigado, Senhor, você quer realmente muito mais de mim. Rsrs.

Um comentário:

  1. Vc Alex Kid,tem uma missão nesse mundo, a cada passo, um gesto, uma ação, palavra amiga, até mesmo esse Sorriso que todos conhecem transmite paz e alegria a todos, por isso que muitos pacientes brigam por vc, pq uma parte do remédio vc transmite, o remédio SORRISO. Bjs Sua esposa Betinha Kid.

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