Confesso a todos que há algum tempo não frequentava a igreja católica, até o último domingo (08 de agosto), onde senti uma vontade enorme de ir à missa. Combinei com Prissilla e fomos. Confesso que me renovei. Senti-me muito tranquilo em meio aos irmãos católicos. E foi uma festa, muitos me cumprimentaram, até parecia que o padre era eu. (rsrs)
Apesar de não ter a figura de um pai há algum tempo, fiquei emocionado com a celebração voltada aos pais de nossa amada cidade. Também fiquei orgulhoso porque conheço verdadeiros superpais em nossa Rio Real, e alguns deles estavam lá.
Depois desse reencontro com Deus, fomos comemorar o dia dos pais com Neném, Joseane e, é claro, com Prissillinha. Acreditem, foi fantástico. Agente se dá muito bem e nosso bate-papo é sempre frutuoso.
Na segunda-feira (09 de agosto), viajei tranquilo a Cardeal da Silva, cidade onde realizo um ambulatório mensal de saúde mental e, posso confessar, divirto-me muito. Os pacientes de lá são amáveis, tranquilos, de baixa morbidade.
Neste bendito dia, tiramos uma breve pausa após o almoço a fim de esperar o horário de retomar o atendimento no turno da tarde.
Quando estava sentado em frente à televisão, na recepção do posto de saúde, eis que se sentou ao meu lado um senhor de seus quase 80 anos de idade, negro e que muito me lembrava meu bisavô materno, o qual perdi há 14 anos.
De repente esse senhor, educado e de feições cansadas virou-se e me disse:
- O senhor vai começar a atender que horas
Assustei-me porque sabia que ela não era meu paciente e que estava esperando o ambulatório da colega clínica por chegar às 14 horas. Perguntei-lhe:
- O senhor está esperando para ser atendido pelo psiquiatra?
- Não, mas quero ser atendido pelo senhor.
Estranho, mas voltei a confabular com aquele bom homem.
- O que está acontecendo?
Ele relaxou as feições da face e me respondeu:
- Veja bem Doutor...
Acho que alguém lhe disse que eu era médico porque, além de não usar branco, não possuía nada que me identificasse na profissão.
- Eu tenho um problema de diabetes e esse meu pé está me assustando, dói muito, meu dedo está ferido, já perdi a unha, estou preocupado. Meu diabetes nunca baixa, disseram-me que precisarei tomar insulina e que preciso ir ver um médico de diabetes. Eu não tenho condição de viajar e pagar particular, já fui umas duas vezes e nem ele resolveu.
Creiam que ouvi aquela história um pouco triste, porque entendo a necessidade de, quanto clínico geral, ver o paciente como um todo e não saber prescrever uma insulina era estranho, negligente.
- Vamos combinar assim, meu amigo. Quando a recepção lhe chamar pra dar sua ficha diga a ela que vai ser atendido pelo psiquiatra, certo?
Ele sorriu e me agradeceu.
Quando começamos o atendimento da tarde, claro que aquele bom homem foi o primeiro a entrar. Ao me entregar o seu prontuário eis a surpresa, Seu nome, Jesus Lucas.
Percebam a sequência de coincidências: Na noite anterior havia me reencontrado com Deus, e na segunda feira fui escolhido por um paciente, em meio à multidão, para ajuda-lo e seu nome era Jesus.
Isso é sem dúvida mais um sinal do tamanho da minha responsabilidade neste mundo de humanos.
Obrigado, Senhor, você quer realmente muito mais de mim. Rsrs.
Vc Alex Kid,tem uma missão nesse mundo, a cada passo, um gesto, uma ação, palavra amiga, até mesmo esse Sorriso que todos conhecem transmite paz e alegria a todos, por isso que muitos pacientes brigam por vc, pq uma parte do remédio vc transmite, o remédio SORRISO. Bjs Sua esposa Betinha Kid.
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