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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Eu

Sou o sutil sem sutileza
O belo sem beleza,
Uma noite de luar sem lua,
Uma árvore sem galhos,
Uma música sem ritmo,
Um sádico sem ódio,
E uma valsa em compasso binário.
Quisera ser o que não sou,
Fazer ódio com amor,
Receber o que não dou
E dar o que não recebo,
Escrever o que não sinto
E sentir o que não escrevo,
Ver o que não sou e ser o que não vejo;
Enfim, quisera ser a verdade da vida
E a vida da verdade.
(por Diomedes Santos da Silva, julho de 1973)

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