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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Conselhos



Conselhos de um sábio

Se você ama, transforme esse amor em ação.
Se você tem sonhos, transforme-os em atos.
Se você espera, está perdendo tempo.
Se você tem fé e acredita, trate de agir.
Se você age sem fé, trate de acreditar.
Se você acha que já tem tudo para ser feliz,
Ajude os outros a encontrar a felicidade.
Se o ofenderem, desculpe o ofensor...

Livre-se da tristeza,
Livre-se da timidez,
Livre-se da gula e de tudo o que for exagerado.
Saiba rir.
Saiba respeitar uma lágrima,
Saiba falar e escolher uma comida...

Não também deve ser dito com justo motivo.
Cresça, mas conserve a criança que habita em seu pensamento.
A vida é bonita.
Respeite as pessoas sendo elas novas ou velhas.
Diga obrigado quando alguém o ajudar.
Fale boa noite quando for deitar e durma depois.
Faz as pazes com as pessoas, pois nada sabe sobre o amanhã,
Viva com simplicidade e encontrarás a Felicidade.

domingo, 25 de julho de 2010

Mais uma história de consultório (by myself)



A doença da arranhadura do gato

Existem patologias cujos diagnósticos são explicitados no momento em que o paciente atravessa a porta do consultório e senta-se diante de nossos olhos. Isso acontece com a maioria das doenças onde o distúrbio da marcha é sugestivo desta ou daquela patologia, em certas doenças dermatológicas onde o visual diz tudo e muito mais, em algumas patologias neurológicas, enfim, em vários agravos de saúde.
Mas neste caso que pretendo contar, o simples fato de conhecer a paciente, suas crendices, suas manias e seu jeito prolixo de se comunicar, fez-me duvidar se o que estava vendo era realmente o que havia aprendido após longos anos de faculdade.

Numa trade de domingo, aparecera no consultório da urgência ambulatorial de certa cidade sergipana na qual passei três maravilhosos anos trabalhando, uma senhora simpática, bastante educada e humilde que me chamava carinhosamente de Alexi (Alesquisi), mancando com seu tornozelo esquerdo bastante inflamado, envolto em panos encardidos usados como compressas e ataduras. Pensei logo que Dona Terezinha havia se ferido e uma infecção secundária já estava reinando no local. Levantei-me para abraça-la e fui logo adiantando o diagnóstico, sem a tão necessária anamnese:
-Dona Terezinha, que novidade a Senhora por aqui (mentira, porque ela costumava ir quase todos os domingos ao hospital). Já sei, machucou-se e tá tudo inflamado, não é mesmo?
- Não, meu filho Alexi, não foi bem assim, vou lhe contar tudinho pra você entender meu sofrimento.
Pronto. Imediatamente fiz-me apenas ouvidos. E ela não perdeu tempo:
- Olha Alexi, você sabe que eu adoro gatos. Nem vou te contar (e já contando), mas, deixa eu ver, hum, acho que agora devem ter uns 20 gatinhos lá em casa. Eu gosto de todos, não vou te dizer que tenho um preferido, mas são todos meus amiguinhos, fazem muita companhia. Você sabe que eu sou sozinha.
- Já sei. Um destes gatinhos adoráveis arranhou sua perna?
- Calma que não foi bem assim, deixa eu te contar a história toda. Na semana passada, no final da tarde, era um dia tão bonito, igual ao de hoje. Você sabe que eu mesmo faço minha comida. Eu tinha deixado a janta pronta já desde cedo...
Interrompi brevemente:
-Já sei os gatos estavam brigando pela comida e a senhora tentou apartar a confusão e um deles a machucou?
- Não Alexi, não foi nada disso. Eu vou te contar. Cheguei cansada da labuta com o feijão, resolvi tomar um banho, mas antes esperei o corpo esfriar, cuidei das plantas que ficam dentro de casa e nem percebi que já estava escurecendo. Quando me lembrei de comer já era umas 7 horas, já havia passado até a Ave Maria, então resolvi me alimentar, fui à cozinha, preparar e esquentar minha comidinha, que já havia deixada pronta desde o almoço. Você sabe que eu sou muito preocupada, deixo tudo arrumadinho. Não deixo nada pra última hora.
- Os gatos também estavam com fome? Um deles arranhou sua perna pedindo comida?
- Não Alexi, não. Ouça bem. Quando fui até o fogão, lembrei-me de que havia deixado algo sobre a mesa da sala, voltei e na verdade estava era na mesa da cozinha.
- O que era, Dona Terezinha? O fósforo pra ligar o fogão?
- Não, não. Era o pratinho que eu havia separado pra por minha comidinha, depois de esquentar. Você sabe que eu gosto muito das coisas limpinhas, arrumadinhas. Quando voltei pra cozinha, liguei o fogo, esperei a comidinha ficar quentinha e já ia arrumar meu prato quando percebi que a colher que estava no fogão havia esquentado muito, quase queimei a mão.
- Já sei. A senhora derrubou rapidamente a colher no chão o que espantou os gatos e um deles arranhou sua perna. Vamos tratar então isso logo.
- Não, de jeito nenhum, não foi assim. Ouça. Eu tive que voltar pro armário onde guardo as louças e talheres todos bem limpinhos. Você sabe né, Alexi, que eu gosto de tudo arrumadinho na minha casa. Você vai ver se um dia for me fazer uma visita. Mas deixa eu te contar a história...
A esta altura, após quase 20 minutos de consulta em um ambulatório de urgência, eu já nem sabia se era mesmo o que eu estava pensando ou se aquela história de Dona Terezinha não era uma estória mirabolante vinda de sua imaginação fértil. Será que já teria de pensar num distúrbio de sua saúde mental?
- Olhe, meu filho, quando voltei do armário pra arrumar minha comidinha no prato, esqueci mais uma vez o danado do prato na mesa, voltei de novo. Você tá vendo como eu estava toda atrapalhada neste dia?
- Estou sim, Dona Terezinha, muito, mas me conte, o gato arranhou sua perna como?
- Ainda não foi assim. Quando sentei pra fazer minha janta, deixei o café no fogão, tive que voltar e pegar o café, mas primeiro peguei a xícara, quando fui botar o café nela, percebi uma sujeirinha, tive que ir lavar a xícara, enxugar e por novamente o café. Pronto, fui pra mesa e quando provei o café me lembrei de que estava amargo. Tive que voltar pra pegar o adoçante. Você sabe que eu não uso açúcar desde que você me proibiu depois daquele exame de diabetes que te mostrei e o açúcar estava um pouco alto.
- Então a Senhora, sem querer, derramou o café quente sobre o gato e ele se assustou?
- Não, de jeito nenhum, eu só fui pegar o adoçante. Foi aí que, quando sentei, um dos gatos estava bem perto da mesa e eu, sem querer...
Interrompi de novo, agora eu ia acertar.
- já sei. Nesse momento a Senhora deu uma pisada no gato sem querer e ele arranhou seu tornozelo.
- Não, meu filho, não foi assim. Quando eu me sentei não percebi que havia colocado a cadeira bem na pontinha do rabo dele que começou a espernear, eu pensava que era porque ele queria comer e dizia pra ele se calar, que colocaria ração pra todos mais tarde. Mas o gatinho ficava se batendo, se batendo e acabou “azunhando” minha perna. Foi quando eu me levantei do susto e ele saiu correndo. Pobre bichinho. Fui correndo atrás dele pra ver se ele estava bem, mas o rabinho ficou machucado e agora está tudo bem.
- Dona Terezinha, e o que a Senhora fez com seu ferimento? Tratou como?
- Bem, Alexi, eu passei vinagre e água com sal, mas como ele está com esta cara horrível, resolvi vir lhe mostrar pra ver o que você pode fazer por mim.
- Tá bom, vamos cuidar, mas lembre-se de que o diabetes não perdoa, vamos usar os remédios de forma bem correta pra gente não ter complicação.
- Não se preocupe, meu médico, virei todo domingo mostrar se ele já está bom.
Tratamos o ferimento que, após três semanas, finalmente cicatrizou. Ainda bem, porque cada visita era uma história diferente.

Conto essas histórias porque, no passado, apesar de trabalharmos em Urgência e Emergência, sempre havia tempo de ouvir e aprender mais um pouco com cada paciente. Muitos procuram justamente isso, ouvidos.  Hoje enfrentamos outra realidade, estamos cada vez mais objetivos, o número de pacientes se eleva ao quadrado a cada ano e sinto que muitos realmente não querem melhorar.

Saudades de Dona Terezinha, das suas histórias e do seu carinho. Mas nem quero imaginar quantos gatos ela tem agora.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Casos reais no cotidiano de um médico no interior (by myself)





quarta-feira, 21 de julho de 2010

Friends for ever



WHAT PRISSILLA MEANS IN ENGLISH TO ME:

Perhaps love is a part of you
Reality or illusion, I don’t know.
I’m strong when in your side
So lately, been wondering,
So hard and so easy.
It’s the feeling into my heart,
Light that shines in the darkness.
Long or far, I love to be with you.
After or before of you had grown up.

Later is an impossible word
And you know this.
Imagine, my little passion,
Zealous personality, rarity in the world.

Give me very much more!
Understand me, I need this.
Into my soul, I need this.
My heart needs this.
And my hands need more.
Really, I don’t lie!
All into me need this.
Endless friendship what make,
So live, so unsettled.

Do it, enjoy-me!
Or wait the time to finish.

Near you is better.
And if I see
Smiles in your face,
Celebration of happiness,
I´d be a fool for you.
Mad or crazy, don’t mind.
Enchanted by your side,
Nothing compares stay with you,
Totally fall in love,
Or simply loving you.

(By Alex Kid, July 20, 2010)

Thanks Pri, Our friendship day was incredible!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Definindo amigo


Difícil querer definir amigo.



Amigo é quem te dá um pedacinho do chão, quando é de terra firme que você precisa, ou um pedacinho do céu, se é o sonho que te faz falta.

Amigo é mais que ombro amigo, é mão estendida, mente aberta, coração pulsante, costas largas.
É quem tentou e fez, e não tem o egoísmo de não querer compartilhar o que aprendeu. É aquele que cede e não espera retorno, porque sabe que o ato de compartilhar um instante qualquer contigo já o realimenta, satisfaz. É quem já sentiu ou um dia vai sentir o mesmo que você. É a compreensão para o seu cansaço e a insatisfação para a sua reticência.
É aquele que entende seu desejo de voar, de sumir devagar, a angústia pela compreensão dos acontecimentos, a sede pelo "por vir". É ao mesmo tempo espelho que te reflete, e óleo derramado sobre suas águas agitadas. É quem fica enfurecido por enxergar seu erro, querer tanto o seu bem e saber que a perfeição é utopia. É o sol que seca suas lágrimas, é a polpa que adocica ainda mais seu sorriso. Amigo é aquele que toca na sua ferida, acompanha suas vitórias, faz piada amenizando problemas. É quem tem medo, dor, náusea, cólica, gozo, igualzinho a você. É quem sabe que viver é ter história pra contar. É quem sorri pra você sem motivo aparente, é quem sofre com seu sofrimento, é o padrinho filosófico dos seus filhos. É o achar daquilo que você nem sabia que buscava.
Amigo é aquele que te lê em cartas esperadas ou não, pequenos bilhetes em sala de aula, mensagens eletrônicas emocionadas. É aquele que te ouve ao telefone mesmo quando a ligação é caótica, com o mesmo prazer e atenção que teria se tivesse olhando em seus olhos. Amigo é multimídia.
Amigo é quem fala e ouve com o olhar, o seu e o dele em sintonia telepática. É aquele que percebe em seus olhos seus desejos, seus disfarces, alegria, medo. É aquele que aguarda pacientemente e se entusiasma quando vê surgir aquele tão esperado brilho no seu olhar, e é quem tem uma palavra sob medida quando estes mesmos olhos estão amplificando tristeza interior. É lua nova, é a estrela mais brilhante, é luz que se renova a cada instante, com múltiplas e inesperadas cores que cabem todas na sua íris.

Amigo é aquele que te diz "eu te amo" sem qualquer medo de má interpretação: amigo é quem te ama "e ponto". É verdade e razão, sonho e sentimento. Amigo é pra sempre, mesmo que o sempre não exista.
Assim eu me defino a mim e a todos os que entendem o valor do verdadeiro amigo, a complexidade simples do "eu te amo" e a reciprocidade egoísta dos olhares.

Alex Kid.

domingo, 18 de julho de 2010

Agente escolhe a quem amar, mas não escolhe quem vai amar agente. (by myself)


Começo este texto fazendo inicialmente uma simples pergunta: Amor acaba?


Eu tenho a absoluta certeza de que não. Amor não acaba. Se acaba não foi amor, foi qualquer outro sentimento, menos amor.


Digo isto porque estamos acostumados a chamar de amor qualquer sentimento fugaz e intenso, mas que só dura o suficiente para a conveniência do estar junto. Também não é simplesmente amor aquele sofrimento persistente após o abandono desordenado da pessoa amada, onde a autoestima e o amor próprio também partiram.


Amor é algo que você sente pra sempre. Sim, pra sempre. Porque amor de verdade não está relacionado ao sexo, à paixão, ao desejo. Quando agente ama, ama porque reconhece no outro particularidades sublimes nas quais nos identificamos e nos elevamos. Agente não ama porque o sexo é bom e deixa de amar porque o sexo foi ruim. Fazer amor virou sinônimo de copular porque todo mundo relaciona amor a relacionamento sexual. Tanto que estranham amores puros, assexuados e intensos.


Amor é infinito, pode sofrer as consequências do tempo e do abandono, mas fica. Ardente ou quiescente, ele simplesmente fica.


E amor tem DNA. É singular. Ninguém ama ninguém da mesma forma, com a mesma intensidade. Amores diferentes pra pessoas diferentes. Claro que podemos amar diversas vezes, diversos seres, de diversas formas, mas a essência é o amor. Paixão é outra coisa, desejo também.


Agente vive confundindo o poliamor com promiscuidade, mas são coisas totalmente diferentes. Poliamar significa sentir amor por mais de uma pessoa, sem necessariamente deseja-la ou possuí-la. Podemos amar vários irmãos, nossos pais, nossos avós, nossos amigos e amigas e podemos entregar-lhes partes distintas de nós, porque, como já disse, amor tem DNA. E isso é importante, porque com nossa expressão de amor vai também nossa identidade. Quem é amado por várias pessoas entende bem isso.


Mas também existem os incrédulos, aqueles que se acham amados apenas ou simplesmente por uma só pessoa, com a recíproca totalmente verdadeira. Entendo isso porque amar exige tanta energia que pra alguns chega a ser fatigante viver e expressar esse sentimento. Tanto que somente conseguem senti-lo uma única e desperdiçada vez. É um desperdício amar restritivamente e exigir não ser amado.


Verdade. Há aqueles que preferem não ser amados e até pedem por isso. Outros se põem em dúvida se querem ou não o amor. Acho que porque estão tão mergulhados no amor fugaz momentâneo que creem não ter espaço pra mais nada ou ninguém. Estes assim pensam e agem porque acreditam num único amor. A eles desejo sorte.


Mas é impossível escolher quem pode ou deve nos amar. O inverso pode até ser real. Acho que até podemos escolher alguém pra amar e realmente amar de verdade essa pessoa. Acho não, tenho certeza. Vivo isso a cada dia. Já escolhi pessoas pra amar e as amo infinitamente.


E o amor é assim. Ou é todo amor ou não é nada. É ilusão. Amar não compreende partes e termos, amar só se manifesta verdadeiramente no todo, em cada pedacinho. Só se ama com tudo o todo. Só se ama o todo com tudo.


Porque amar não compreende hifens, vírgulas, pontos ou parênteses. Amar é um parágrafo único onde se escreve uma linha a cada segundo, onde é proibido usar borracha ou corretivos, onde é terminantemente permitido reticências...


Eu particularmente amo amar e não me importo muito com a recíproca. Agente pode escolher o que vai plantar, mas não pode escolher o que colher. “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”.


Então vamos começar agora mesmo, simplesmente, maravilhosamente e indiscriminadamente transmitindo AMOR.

Eu te amo Bahia (by myself)


Estou aqui falando no estado brasileiro no qual tenho imenso orgulho de morar e exercer minha profissão. Sim, ORGULHO.
Estou ainda mais certo de quanto amo a Bahia.
Na Bahia encontrei acolhimento, valorização profissional, amigos diversos, afilhados maravilhosos, paixões perturbadoras, emoções intensas...
Como se não bastasse tudo isso, este último final de semana me mostrou o quão aqui é o meu lugar. Estou imensamente orgulhoso dos colegas pediatras que conheci nesses últimos dias, imensamente orgulhoso dos artistas a quem assisti e me arrancaram risadas terapêuticas fazendo-me enxergar tudo com muito mais otimismo outra vez.
Aos maravilhosos atores da CIA Baiana de Patifaria tiro-lhes meu chapéu, curvo-me e assino meu nome no livro dos fãs de carteirinha. Vocês são incríveis. Adorei.
Ah, minha Bahia, terra de todos os santos, de tantos sabores, odores e cores. Terra de tantos amores, paixões, seduções. Terra de tanto saber, aprender e crescer. Terra infinita na qual desejo viver eternamente até morrer.

sábado, 17 de julho de 2010

"Pediatra sim, diretor não" (by myself)


Acabei de encerrar minha participação no VI Congresso Baiano de Pediatria e, diferentemente das outras histórias que conto neste blog, hoje não vou tecer detalhes narrativos sobre o evento, apenas quero expressar meus sentimentos mais intrínsecos após uma longa reflexão de 4 dias no hotel Pestana, na cidade de Salvador.
Muitas emoções se misturaram ao valor da razão nestes dias. É como se a prória razão necessitasse de um apelo emocional pra se manifestar. E foi exatamente isso o que aconteceu. Miha inteligência emocional vive me surpreendendo, o fato de eu ser essa metamorfose ambulante me faz passar por provações diárias, das quais me saio muito bem. Durante estes 4 dias, pude dizer pra mim mesmo o quanto meu papel de pediatra está bem desempenhado. Enquanto assistia a outros colegas explicitarem suas mágoas e frustrações com a profissão e o exercício dela no SUS, pude voltar-me pra mim mesmo e deizer-me -cara, você é feliz!
Sim, eu sou feliz. Sou por fazer e exercer minha profissão com tanto amor e afinco ao ponto de me identificar plenamente com os enfantes, ao ponto de amar tanto meus pacientes que me torno parte integrante de suas famílias. Feliz porque atuo num serviço público de saúde que é a minha cara, um serviço que ainda está engatinhando, mas entendo que a partir de agora dará longos passos. Feliz porque se eu precisasse renascer, faria tudo exatamente da mesma forma de novo, com um pequeno detalhe: teria vindo mais cedo pra Bahia.
Sim, a Bahia que me deixou muitíssimo orgulhoso depois deste encontro porque aqui identifiquei celebridades simples na minha profissão que amam tanto ou mais do que eu aquilo que fazem. Bahia que tem grandes pediatras, grandes médicos mestres, referências pra qualquer doutorando. Confesso que conjecturei possibilidades de acompanhar outros serviços, por que por eles eu me apaixonei.
Não posso me dividir assim, já estou dividido e agora, mais do que nunca, por pouco tempo. Porque resgatarei minha outra parte, trarei de volta minha metade que está se perdendo em função ingrata e desacreditada para fundir ambas em uma só ferramenta.
Não bastasse o sentimento de profissionalidade, ainda fui acometido por outros sentimentos nem menos, nem mais nobres que este. Pude sentir em mim o amor crescente que tenho cada vez mais pela minha profissão. E assim decidir que: Não quero ser diretor, quero ser pediatra!
Valeu minha Bahia, Obrigado Salvador, eu precisava vir realmente a este encontro.
Agora vamos trabalhar.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Minha Vida



Minha vida não foi um romance...
Nunca tive até hoje um segredo.
Se me amar, não digas, que morro
De surpresa... de encanto... de medo...

Minha vida não foi um romance
Minha vida passou por passar
Se não amas, não finjas, que vivo
Esperando um amor para amar.

Minha vida não foi um romance...
Pobre vida... passou sem enredo...
Glória a ti que me enches de vida
De surpresa, de encanto, de medo!

Minha vida não foi um romance...
Ai de mim... Já se ia acabar!
Pobre vida que toda depende
De um sorriso.. de um gesto.. um olhar...

(Mário Quintana)

A Idade de Ser Feliz



Existe somente uma idade para a gente ser feliz,
somente uma época na vida de cada pessoa
em que é possível sonhar e fazer planos
e ter energia bastante para realizá-las
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.

Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente
e desfrutar tudo com toda intensidade
sem medo, nem culpa de sentir prazer.

Fase dourada em que a gente pode criar
e recriar a vida,
a nossa própria imagem e semelhança
e vestir-se com todas as cores
e experimentar todos os sabores
e entregar-se a todos os amores
sem preconceito nem pudor.


Tempo de entusiasmo e coragem
em que todo o desafio é mais um convite à luta
que a gente enfrenta com toda disposição
de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO,
e quantas vezes for preciso.

Essa idade tão fugaz na vida da gente
chama-se PRESENTE
e tem a duração do instante que passa.

(Mário Quintana)
"Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro. E depois, perdem o dinheiro para recuperar a saúde. Por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente, de tal forma que acabam por nem viver o presente, nem o futuro. Vivem como se nunca fossem morrer. Morrem como se nunca tivessem vivido." (Buda)

sábado, 10 de julho de 2010

Será que sou louco???



A "loucura" está tanto dentro de nós quanto fora: nas pessoas, nas coisas, nos relacionamentos, no mundo e, principalmente, no modo como nos colocamos diante disso e lidamos com nossos lados mais sombrios e menos lineares.

Presença


Eu queria ser essa chuva para molhar o teu corpo;
Eu queria ser o sol para penetrar na tua pele e ser o teu suor;
Eu queria ser a lua e nas madrugadas tristes embalar teus sonhos de menina-mulher;
Eu queria ser estrela guia para juntos percorrermos as estradas da vida;
Eu queria ser presença, estar em ti o tanto quanto estás em mim e ficar ao teu lado,
sempre, sempre, sempre, amor!

Tomar Um Banho de Chuva


Gosto muito de ficar vendo a chuva escorrer pelos vidros. Acho lindo mesmo. Algumas gotas se desprendem, se misturam a outras, formam uma gota maior e escorregam. Outras ficam mais fixas, outras apenas tocam o vidro, sem dar tempo de que acompanhemos o seu desenlace. Fiquei pensando em muitas sentidos para isso. Talvez os melhores momentos da vida sejam aqueles nos quais nos permitimos. Nos permitimos ser mais ousados, mais inocentes, mais alegres, mais crianças, menos sérios, mais leves, menos rígidos, menos cartão-de-ponto com a vida. Há pessoas que não se permitem… nada! Há pessoas que ficam cheias de dedos consigo mesmas… não vou fazer isso para não me magoar, não vou falar isso para não sofrer, não vou pedir isso para que ele não pense o contrário, não vou respirar para ele não achar que eu estou roubando o oxigênio dele, não vou ser eu mesmo porque isso pode deixar alguém triste. Se a gente fica cheio de dedos com o mundo, acaba não vivendo, mas apenas tocando de leve qualquer movimento parecido com a vida.
Ficar pisando em ovos com os outros é uma coisa, mas pisar em ovos para não rachar a sua própria armadura contra o mundo é outra coisa. Ninguém pode se preservar para sempre de tudo. Ninguém pode se esconder para sempre de suas próprias emoções, de seus próprios desejos, de suas vontades mais secretas! Permitir-se é poder se dar de presente uma oportunidade de ser feliz, de fazer diferente, de ousar, de ter coragem de se olhar e de se acarinhar. Todo mundo precisa de afeto, até aqueles que se dizem fechados para essas coisas. Todo mundo precisa de uma palavra amiga, de um colo quente, de um beijo no canto da orelha e de uma companhia.
Por que não deixar que aquela pessoa especial entre na sua vida? Para não sofrer? Muitas pessoas deixam de experimentar por medo de sofrer. E aqui reside um grande engano: as pessoas que se poupam gastam uma energia descomunal para aguentar isso, ou seja, acabam sofrendo mais não vivendo do que se atirassem ao destino e às suas consequências. Não se preserve tanto, você não está extinção, é apenas um ser finito. Uma hora o seu tempo de florescer terá chegado ao fim e não sei quantas pessoas irão dizer que você realmente viveu. Saia de casa, compre uma roupa nova, solte o cabelo, respire fundo e não tenha medo de tomar aquela chuva. Por que ficar olhando apenas do lado de dentro do vidro? Para que guarda-chuva se o melhor da chuva é poder se molhar?! Tem dúvidas se isso é bom? Saia e experimente.

 (Fabio Scorsolini, Psicólogo e Mestre em Psicologia pela Universidade de São Paulo)

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Por que dizer eu te amo???




Será que precisamos repetidas vezes dizer "eu te amo" às pessoas a quem realmente direcionamos tão nobre e puro sentimento?

Há quem ache que não.

De alguma forma, me sinto “deslocado” e confuso. É que eu não consigo entender porque há pessoas que pensam deste jeito. Porque ouvir uma declaração assim é como escutar uma música. E se representa o que sinto, eu quero dizer e ouvir sempre.


Será porque a educação masculina estimula mais a competição, a força e a virilidade, passando um recado de que o sentimento nos torna frágeis?


Não sei, mas a passagem do tempo parece deixar alguns relacionamentos, “anestesiados” para o sentimento. É aquela convivência com ausência de emoção, resumida a um tratamento de “senhora e senhor”. Conversam sobre política, o tempo, afazeres dos filhos, o que comer/beber, ou se vão sair ou não. Mas não falam do que sentem.


Por que para alguns, diminui aquela intimidade emocional que havia no namoro? Ou seja, por que não namoram mais?


Não se fala aqui só de sexo, que é ótimo, mas daquela intimidade toda que existe na cumplicidade da alma de quem se ama: das mãos dadas, do jeito de olhar, do beijo, de dizer o que se sente e também daquela alegria por simplesmente se estar junto.


Às vezes eu fico a me perguntar: será que o tempo tem o poder de reduzir tudo isto a uma simples e repetitiva rotina?


Penso que não, e não sei se é brega, ou chique, ou um outro rótulo qualquer, apenas que gosto, e que me faz sentir vivo, alegre, vibrante e feliz.


E prefiro seguir contra a maré: mandar flores, escrever recadinhos, cuidar dos detalhes, prestar atenção e promover sempre pequenas gentilezas que tornam o dia a dia mais feliz. Dizer "eu te amo" sempre que sentir vontade, ou seja, todos os dias, todas as horas e a todo momento.
"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual o defeito que sustenta nosso edifício inteiro"

(Clarisse Lispector, escritora)

Como dizer Eu Te Amo em vários idiomas


Albanês:Te dua
Alemão: Ich lieb Dich
Árabe: Ana Behibak (para homem)
           Ana Behibek (para mulher)
Armênio: Yes kez sirumen
Bambara: M'bi fe
Bangla: Aamee tuma ke bhalo aashi
Belarusian: Ya tabe kahayu
Bisaya; Nahigugma ako kanimo
Búlgaro: Obicham te
Cambojano: Soro lahn nhee ah
Chinês: Cantonese Ngo oiy ney a
Catalão: T'estimo
Cheyenne: Ne mohotatse
Chichewa; Ndimakukonda
Coreano: Sarang Heyo
Corsican: Ti tengu caru
Creol: Mi aime jou
Croata: Volim te
Dinamarquês: Jeg Elsker Dig
Holandês: Ik hou van jo
Inglês: I love you
Eslovaco: Lu 'bim ta
Esloveno: Ljubim te
Espanhol: Te quiero - Te amo
Esperanto: Mi amas vin
Estoniano: Ma armastan sin
Etíope: Afgreki'
Faroese: Eg elski teg
Farsi: oset daram
Filipino: Mahal kita
Finnish: Mina rakastan sinua
Francês: Je t'aime - Je t'adore
Gaélico: Ta gra agam ort
Gaélico: Escocês Tha gra - dh agam ort
Georgiano: Mikvarhar
Grego: S'agapo
Gujarati: Hoo thunay prem karoo choo
Havaiano: Aloha wau ia oi
Hebreu: Ani ohev otah (para mulher)
             Ani ohev et otha (para homem)
Hiligaynon: Guina higugma ko ikaw
Hmong: Kuv hlub koj
Hopi: Nu' umi unangwa'ta
Húngaro: Szeretlek
Icelândico: Eg elska tig
Ilonggo: alangga ko ikaw
Indiano: Hum Tumhe Pyar Karte hae
Indonesiano: Saya cinta padamu
Inuit: Negligevapse
Irish: Taim i' ngra leat
Italiano: Ti amo
Japonês: Aishiteru
Kannada: Naanu ninna preetisuttene
Kapampangan: Kaluguran daka
Kiswahili: Nakupenda
Konkani: Tu magel moga cho
Latino: Te amo
Latvian: Es tevi miilu
Libanês: Bahibak
Lituano: Tave myliu
Malaio: Saya cintakan mu - Aku cinta pakamu
Malayalam: Njan Ninne Premikunnu
Mandarim (chinês) : Wo ai ni
Marathi: Me tula prem karto
Marroquino: Ana moajaba bik
Mohawk: Kanbhik
Nahuati: Ni mits neki
Navajo: Ayor anosh'ni
Norueguês: Jeg Elsker Deg
Pandacan: Syota na kita!!
Pangasinan: Inaru Taka
Papiamento: Mi ta stimabo
Persa: oo-set daaram
Pig latin: Iay ovlay ouyay
Polonês: Kocham Ciebie
Português: Eu te amo
Romeno: Te ubesk
Russo: Ya tebya liubliu
Sérvio: Volim te
Setswana: Ke a go rata
Sindhi: Maa tokhe pyar kendo ahyan
Sioux (índios norte-americanos):Techihhila
Sueco: Jag alskar dig
Suiço: Ich lieb Di
Swahili: Ninapenda wewe
Tagalog: Mahal kita
Taiwanese: Wa ga ei li
Tahitiano: Ua Here Vau Ia Oe
Tamil: Nan unnai kathalikaraen
Telugu: Nenu ninnu premistunnanu
Thai: Chan rak khun (para mulher)
Phom: rak khun (para homem)
Turquia: Seni Seviyorum
Ucraniano: Ya tebe kahayu
Urdu: Mai aap say pyaar karta hoo
Vietnamita: Anh ye^u em (para mulher)
                  Em ye^u anh (para homem)
Welsh: 'Rwy'n dy garu
Yiddish: Ikh hob dikh
Yorubá: Mo ni fe

 AGORA QUE VOCÊ JÁ SABE, QUE TAL COMEÇAR A DIZER ISSO AGORA MESMO A QUEM MERECE OUVIR?

As várias formas de dizer "Eu Te Amo!"


Primeiramente é preciso senti-lo, não existe um outro princícipio senão esse. Primeiro sinta, depois disso, existem várias formas de você exteriorizar esse sentimento.

Algumas pessoas sentem, mas não compreendem o que é aquilo ali dentro, vivem sem saber exatamente o que é e a vida passa. Um dia elas o perdem aí sentem falta e às vezes descobrem, nesse exato momento da perda, o que era; outras vezes não, nunca vão saber.

Existem pessoas que falam, sem saber, por impulso, pra impressionar. Eu desejo a lucidez para essas pessoas, nada mais a declarar.

Existem outras que se descomplicam muito rápido, que sentem e falam, na hora. Essas assustam a maior parte do tempo. O que os outros não entendem é que a partir do momento em que essas pessoas promovem um ser ao "grau de importância máxima em suas vidas" elas sentem por ele algo considerável. Ou não?

Existem aquelas que sentem e fazem, mas nunca falam. Elas demonstram através de olhares, de pequenos gestos que são carinhosas e, de certa forma, bem resolvidas no jeito delas de "amar", o problema é que certamente haverá em algum momento uma pequena incompatilidade dessas pessoas com aquelas outras que falam, porque quem fala quer ouvir, mas dizem que esse sentimento é tão incondicional que consegue fazer duas pessoas de atitudes extremamente diferentes respeitarem-se, entenderem-se e reconhecerem que o amor vale a pena.

Essas pessoas acabam criando habilidades especiais, uma hora quem fala cala, quem cala passa a falar e o amor vai fazendo coisas assim, inexplicáveis, somente porque vale a pena.

"Toda forma de amor vale a pena".

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Senhor (by myself)


Senhor,
Conserve em mim o sorriso nos lábios,
A simpatia nos olhos;
Nas palavras, a verdade;
Na voz, a firmeza;
Nas atitudes, a retidão;
Nas mãos, a caridade;
Na memória, a gratidão;
No coração, o amor;
Nos gestos, o serviço;
No comportamento, a autenticidade.
Somente assim levarei consolo ao aflito,
Amparo ao débil;
Ao necessitado, socorro;
Ao inimigo, o perdão;
Ao amigo, a solidariedade;
Aos jovens, o exemplo;
Aos velhos, o carinho;
A minha família, a paz
E a esperança a muitas vidas.